segunda-feira, outubro 02, 2017

Três poemas de Clávio Jacinto


TEMPO E ETERNIDADE
É muito pobre o coração
Que vive a todo o instante diante do maravilhoso
Sem contudo ter uma esperança que ultrapasse
Seu próprio tempo

Sobre o Grande Amor
Um coração que carrega um amor debilitado
é incapaz de ser herói
Não tem coragem de sofrer um sacrifício

Um coração que carrega um amor fraco
Não vence o proprio egoismo
Não se interessa pela pratica do altruísmo

O coração que carrega um amor pequeno
Tem que suportar o próprio fardo
De viver uma vida completamente vazia.

Mas o coração que sustenta um grande amor
É capaz de experimentar uma grande felicidade


Eternos Sonhos da Ultima Aurora
Nas naves do esquecimento viajo
Num mundo profundo de ventos que cantam
No limiar da imaginação e todos meus sonhos
Nas gotas dos sorrisos que incendeiam a alma
Que épico é esse distante mundo sem ninguém
Feito de folhas de ciprestes e essência de morangos
A alma da tarde e o berço de todas as estrelas
Somente eu mergulho nessas fontes da noite
Como um beijo que adoça a alma do matrimonio
Uma canção que faz o espírito ficar suspenso
Entre o coração e véu imaginário
A tarde de todas as mais benditas consolações
Porque minha vida, por quê?
Nesse ultimo jardim, florescem todas as rosas?
Como se a violência dos náufragos gemessem
Numa agonia de ser a eterna primavera
Sou seu pobre humano, entre as sombras
Esperando a aniquilação de todas as tristezas
Pra que em ceia de noites glorificadas
Meu amanhecer repouse nas matizes da áurea esperança

Um comentário:

Carla Júlia disse...

Textos lindos, parabens!

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