quarta-feira, junho 27, 2012

Nossa homenagem ao Pr.Laerço dos Santos

Pastor Laerço dos Santos - 13/09/1944 a 12/06/2012

No dia 12 deste mês de junho, deixou esta humana morada para adentrar nas mansões celestiais o nosso irmão e confrade, o Pr.Laerço dos Santos. O Pr. Laerço é autor de muitos poemas, com seu simples e doce estilo, muitas vezes aparentado do cordel, e que sempre trouxeram a seus leitores grande edificação. Escreveu o livro Poesias do Coração.

Leia aqui um texto de João Cruzué sobre sua convivência com o irmão Laerço.

Abaixo, dois poemas de nosso amado Pr.Laerço:



Mocidade, Eis os Campos! 


Santa e amada mocidade de Jesus
Lembra-te que comprada fostes um dia
Pelo sangue que do calvário vertia
Do querido Nazareno, numa cruz!


Nunca esqueça, mocidade do Senhor
Que agora já sois filhos de Deus.
Conte sempre o que Ele faz aos teus
Digas como Ele ama o pecador.


Leva ao mundo a tocha da verdade,
Mostra tudo o que Cristo fez contigo
Fala como Ele é verdadeiro amigo,
E ao seu lado és mui forte... mocidade


Seja sempre resoluta a combater
Ao astuto e nefasto adversário,
Pois tens no sacrificio do calvário
O poder de Jesus para vencer!


Levem, moços, o evangelho ao pecador!
Sintam n'alma esse amor profundo.
Cheio do Espírito Santo vás ao mundo
Ganhar almas para o redil do Senhor.


Coragem... entra logo em ação!
Pois Cristo quer te usar em tenra idade,
Alegra-te na tua Mocidade,
Levando almas à real mansão.


Eis os campos... que esperas? Lança mãos!
Jamais penses em parar, eis o arado!...
Trabalheis alegres, já sois resgatados
Pois no céu, terás lindo galardão!!!


O HOMEM É SOPRO, E PÓ


Pergunto eu a você,
O que pensas ser o homem?
Ou que pensa ele ser,
Se uns aos outros se consomem?


Nunca devem esquecer
Que esse homem é de pó
Feito por mãos de um ser
Criador...Ele é maior!


É o Senhor, Ele é Deus!
Do nada pode criar,
Somos sim os filhos seus,
Seu nome é Jeová!


Que do barro nos formou,
Soprou-nos p'ra vida dar;
De alma viva dotou,
E ao pó vamos voltar.


Pois falece esse corpo,
Que é material terreal,
O espírito é "o sopro"
E volta ao Deus celestial!

sábado, junho 23, 2012

Um poema de George Gonsalves



Passagem

Passamos a vida...passando
Já passei por rios caudalosos que, imponentes, traziam vida
e por outros que, moribundos, deixaram apenas um leito imaginário

Andei em tortuosas estradas, becos sem saída e apinhadas avenidas   
Pisei em terra batida, entre pedregulhos 
Mas também em campos verdejantes 

Passei por pessoas que jamais esquecerei,
cuja presença em silêncio foram um bálsamo para minha alma ferida  
e por outras que gostaria nunca ter conhecido 

Passei os olhos em livros que me deixaram saudades, 
cujas letras mágicas me levaram a lugares que dantes não conhecia. 
Quem dera pudesse retirar do baú de minha memória
todas aquelas preciosas páginas!

Passei pela chuva deixando-a me alcançar
e já tentei fugir de suas gotas
Abriguei-me dos raios do sol
e um dia apressei-me para que eles me tocassem

Também sei que devo passar do vil para o precioso,
do rancor para o perdão, 
da borda para o profundo,
do "meu" para o "nosso" 

Quero, enfim, continuar passando pela vida, antes que ela passe por mim.
Antes que ela se esvaia por entre os dedos. 
E ao final almejo, como almejo! 
passar de mim mesmo para Àquele que dá sentido 
a tudo e a todos.

Visite o blog do autor: http://www.gracaesaber.com

segunda-feira, junho 18, 2012

Um poema de Luis Eduardo Alves




A vida sem Jesus


Já parou para refletir....
Que a vida sem Jesus
não tem sentido
Mas com ele é um paraíso
A vida sem Jesus
é como um passarinho na gaiola
Que sente vontade de voar
A vida sem Jesus
É com um peixe fora do oceano
A vida sem Jesus
É como uma pessoa presa sem ter escapatória
A vida sem Jesus
É como uma criança sem mãe
A vida sem Jesus
Um homem sem uma mulher
A vida sem Jesus
É uma perdição é só decepção


Porém...


A vida com Jesus...
Tem gostinho de mel
A vida com Jesus...
É diferente a gente sente
A vida com Jesus...
Tudo muda...
A vida com Jesus...
Venha, viva a vida com Jesus...


Luis Eduardo tem 14 anos e mantém o blog Poemas & Poesias do Luis - http://poemasepoesiasdoluis.blogspot.com.br/

sexta-feira, junho 15, 2012

Auxílios na Evangelização: uma coleção de dezenas de mensagens evangelísticas para você compartilhar


O blog Amor Scan é um blog dedicado exclusivamente a publicar mensagens e textos evangelísticos. São textos curtos, vídeos, poemas, imagens - que você pode imprimir para distribuir, publicar em seu site ou blog, compartilhar nas redes sociais, enviar por e-mail, etc.
Veja abaixo todas as mensagens já publicadas (clique para acessar).


segunda-feira, junho 11, 2012

A Oração da Maçaneta, de Gióia Júnior, recitada pelo próprio poeta

Ouça no vídeo abaixo o famoso poema 'A Oração da Maçaneta', do poeta evangélico Gióia Júnior, declamada pelo próprio. 

domingo, junho 10, 2012

Um poema de Elizama Barbosa para o Dia do Pastor




HOMEM DOS PÉS FORMOSOS


“Quão formosos são os pés dos que anunciam as Boas Novas”


Pastor, teus pés cansados,
calejantes,
tuas pernas bambas,
cambaleantes,
já não tens força para caminhar.
Tua vida é um verdadeiro corre-corre;
não tens tempo para descansar.
Lutas, de dia e de noite,
e pouco é o tempo que sobra
para fazeres alguma coisa
em benefício próprio.
Quantas vezes, em meio a tanta luta,
a tanta dificuldade,
pensas em deixar o teu Ministério,
logo após, ao elevares tua voz ao céu,
uma grande paz inunda tu’alma,
novas forças brotam em teu ser,
esqueces as lutas e as dores passadas,
por que sabes, que o Senhor é contigo.

Pastor, árdua e espinhosa é a tua missão,
mas, qual Cristo, és um guia,
um verdadeiro mestre,
pois levas a muitas almas sem destino,
sem certeza do céu, a crerem em Cristo
e tornarem-se discípulos do Mestre Amado.
Teus joelhos, calejados,
marcados,
por grandes momentos passados aos pés de Cristo,
denunciam,
quantas noites tu passaste sem dormir,
por estar em vigília,
buscando solução para um problema,
uma resposta do céu.
Hoje, sofres, lutas,
sofres, choras,
lamentas,
porém, um dia,
tudo vai mudar,
Jesus o Sumo-Pastor,
te tomará nos braços,
e te conduzirá às mansões celestiais,
para o descanso,
“servo bom e fiel”.


Declamado no Dia do Pastor - em Manacapuru Junho/1984, ao Pastor Jessé Leandro da Silva.

Visite o blog da autora: http://elizama-deusouve.blogspot.com.br/

sexta-feira, junho 08, 2012

Um poema de Pérrima de Moraes Cláudio para o Dia do Pastor



Ainda tenho outras ovelhas que não são deste aprisco; também me convém agregar estas, e elas ouvirão a minha voz, e haverá um rebanho e um Pastor. João 10:16
"O BOM PASTOR"
1
O fiel e bom Pastor
com o Seu forte cajado,
guia o Seu rebanho
com sabedoria.
Vai pelos vales e montes
no tempo de calor,
na chuva e no orvalho,
ou estando as noites bem frias.
2
Uma a uma
Ele as conta,
para que todas estejam
bem juntas em seu redil;
porém, algumas se perdem
em meio a este mundo cruel
e outras até se rebelam,
contra o Pastor tão gentil.
3
Ele, com terno amor,
ao encontro vai da perdida,
que tanto precisa de ajuda
em meio ao perigo então.
Cura-lhes as feridas
com o Seu bálsamo divino
e a aquece com carinho
bem junto do coração.
4
Guardando bem os rebanhos;
(Afinal, eles são tantos),
vai o Fiel Pastor
cumprindo a Sua missão.
Felizes são as ovelhas
qua atentas e obedientes,
bem juntas ficam do Mestre,
seguindo a Sua direção.
5
Se ainda hoje te encontras
afastado do aprisco,
venhas enquanto há pastagens,
com excelente abundância.
Renuncie depressa o mundo
em que só há ilusão,
desengano, ódio, maldades
e também, a inconstância.
6
Há pastagens verdejantes,
águas bem cristalinas...
Por quê em cisternas rôtas
insistes tanto em deter?
Cristo, o Bom Pastor,
bondoso, amigo e meigo,
hoje deseja de pronto
modificar teu viver!

*Na maioria das denominações, o Dia do Pastor é comemorado no segundo domingo de Junho

quarta-feira, junho 06, 2012

Dois poemas de John Lennon da Silva



Redenção

Não despreze meu arrependimento
          Ó meu Deus, pois o quão
Contrito está meu coração cujas lágrimas
                               Do meu âmago
Alcançaram o íntimo de meus desfalecimentos.

Não despreze, ó Senhor, este pranto tão profundo
          Como inferno, e tão alto
Como as nuvens quando despejam o orvalho de sua graça.
                                Não despreze meu Deus,
As dobras destes joelhos comprazentes e tão fracos.

Purificai a minha alma, pois está quebrantada.
          Eu venci o meu orgulho,
E me humilhei diante de ti, pois tua graça e teu perdão
                                Quero receber...
Ó Senhor, renova o meu espírito e apaga as minhas transgressões.

Escorrei, ó lágrimas minhas, e ide aos pés do Senhor!
          Despejai, ó coração meu,
Pois de contrição te derretestes. Rejubilai, ó lábios meus,
                                A entoar louvores ao Senhor.
Dobrai, ó joelhos meus, porque digno é o Cordeiro de Deus!

Acolhe-me e lava-me, e que eu venha a anunciar teu Reino.
        Restaura-me em tua Graça
E segundo a tua vontade purifica a minha alma;
                               Ó Deus que me salva
Da morte, não rejeites meu coração quebrantado...



Lamento

Pendurei a minha lira no braço das árvores, e chorando, não canto nem danço, pois lamento o fel amargo do meu coração triste, tão triste...
Embora em meus dias tenha eu pouco contentamento, e a flor da amendoeira perecer; embora o Espírito voluntário esteja comigo, tenho tombada a coroa da minha cabeça sobre a praça onde caíram os jovens da nossa geração.
O quão solitário andamos, pelas calçadas das ruas com essa angústia que nos faz render-se à aflição. Afastou-se a paz da nossa alma, pois sabemos o quanto se escureceu a nossa canção, cujas solenes notas se converteram em lamentações e cansaços. 
Sinto saudades do Senhor... Sinto saudades do Senhor...

Visite o blog do autor: http://yohananleo7.blogspot.com.br/

sábado, junho 02, 2012

Somos Cem! Poema de Mário Barreto França



“Somos Cem!”

Em Roma – lupanar dos Césares corrutos –
Ao contraste infeliz de orgias e de lutos,
Um louco imperador, já bêbado do sangue
De tanta execução de um povo pobre e exangue,
Quis mais, pois exigiu que a si todo o cristão,
Em público, ofertasse, incenso e adoração.
Por isso fez erguer, em meio à velha praça,
De si mesmo uma estátua, em gesto de ameaça.

Mesmo tendo razão para a revolta, o povo
Evitava falar desse decreto novo,
Pois a crítica dele, ou simples comentário
De tal caso, seria um juízo temerário...

Mas, no dia marcado e na hora aprazada,
Estava a multidão mudamente postada
Na grande e velha praça, aguardando o início
Da cerimônia vil desse pagão ofício.
A espera foi bem longa e foi grande o cansaço;
Porém, de seu lugar, ninguém movia um passo.
Cada qual, ao chegar diante do ídolo imenso,
Curvava-se submisso e, então, queimava incenso...

O comando da escolta, ativo e ameaçador,
Fiscalizava tudo e a todos com rigor.
Ninguém dizia nada; até que, a certa altura
Daquela cena hostil, uma hercúlea figura
De jovem recusou curvar-se à estátua erguida,
Dizendo à autoridade: - “É-me preciosa a vida,
Mas prefiro perdê-la, a cometer traição!
Somente a Deus adoro e atendo; eu sou cristão!”

Ante àquela atitude, o comando da escolta
Em suspense ficou; para o moço se volta
E lhe fala severo: - “O seu gesto impensado
Há de à morte o levar sob o lago gelado...”

A turba amedrontada escutou, sem protesto,
A sentença ditada ao jovem, por seu gesto...
Entanto, quando tudo acreditar fazia
Que outros iam ceder à ação da covardia,
Muitos, que até ali em silêncio ficaram,
A mesma negativa, altivos, proclamaram:
- “Não! Não somos tão vis, temos limpas as mãos;
Só cultuamos um, que é Deus! Somos cristãos!”

E esses, como os demais, que dessa forma agiam
Em número e valor se elevavam, cresciam;
Até que, ao desfilar do último refém,
A soma dos fiéis totalizava cem.

Mas antes de cumprir a sentença, por norma,
O comando da escolta os colocou em forma;
E apelou a cada um que à fé apostatasse,
E a clemência da lei, desse modo, alcançasse.

Porém, todos de pé, em firme posição,
Unânimes, febris, lhe responderam: - “Não!
Não negaremos nunca o Salvador e Mestre!
Poderão nos matar o corpo corruptível,
Mas nossa alma – jamais! – que é eterna e intangível.”

Face a tal decisão leal e destemida,
A sentença de morte iria ser cumprida.
O comando da escolta, os fez logo marchar
Para o lago gelado.

Era tarde; o luar,
Balsâmico e suave, ungindo os condenados,
Esboçava no céu um quadro original:
Uma cruz sepultando um fardo de cuidados;
E, nos braços da cruz, o facho de um fanal...

Aquele quadro lindo a refletir-lhes n’alma
Uma coragem santa e uma celeste calma,
Inspirou-lhes, na marcha, o cântico de um hino
Que consagrava a Deus seu heroico destino:

“Somos cem, a morrer por Cristo!
Somos cem, a morrer por Cristo!
Mas no céu nós o veremos
E com os anjos cantaremos:
- Vale a pena morrer por Cristo!”

A praia era deserta; o frio era cortante;
Do lago a superfície era vasta e brilhante;
Porém um sorvedouro havia a cada passo,
Disfarçado e fatal.
Mas, nem fome ou cansaço
Abatia a moral daquela gente forte
Que a sorrir e a cantar, enfrentaria a morte
Nessas águas glaciais...

O comando da escolta
Olhava-os com respeito.
Então, um deles volta,
Causando à autoridade imensa decepção,
Pois via em cada qual um bravo em ascensão.

Ele era moço ainda; e mostrava em seu rosto
A palidez do medo e as marcas do desgosto...
É que na hora final sentiu a alma abatida
Ao choque emocional de desistir da vida:
- Por quê? Por quê morrer quando, em festa, a cidade
Era doce convite à sua mocidade?!...

Por quê sacrificar-se anônimo, sem glória,
Se poderia obter, de outro modo, a vitória?...
Preservando a existência, ele não deixaria
De manter-se cristão; apenas tomaria
Cautela no falar, cuidando na conversa,
Para evitar o mal dessa gente perversa.
Quem sabe se melhor pregaria o Evangelho
Num estranho lugar, quando fosse mais velho?...
Mas... e o seu voto a Deus junto aos seus companheiros?
Que pensariam dele?...
E, com passos ligeiros,
Sem olhar para trás, à deserção se entrega...

Quando o grupo notou a fuga do colega,
Em vez de se deixar vencer pela tristeza,
Ergueu mais alto o olhar, marchou com mais destreza,
E todos, a uma voz, cheios de inspiração,
Foram cantando assim sua heroica canção:
“Somos firmes noventa e nove,
A seguir a morrer por Cristo!
Mas, no Céu nós o veremos
E com os anjos cantaremos!
- Vale a pena morrer por Cristo!”

O comando da escolta olhou emocionado
A dramática cena; ele via, de um lado,
O medo, a retirada, o louco apego à vida,
Em detrimento até da atitude assumida...
E, do outro, ele notava a firmeza, a bravura,
A excelência da fé na existência futura,
A esperança num Deus que o mortal persuade
A confiar na promessa azul da eternidade...

E assim, profundamente abalado e convicto
Da sua própria culpa e do amor infinito
De um ser eterno e justo; e, maldizendo a dor
Que àqueles bons heróis causara um desertor,
A espada, o escudo e a farda à distância lançou;
Correu a unir-se ao grupo; e, impávido, exclamou:
- “Amigos, eis-me aqui! Deixai a vós unir-me!
Por favor, permiti que eu vá convosco, firme!
Agora eu creio em Cristo! Eu sou cristão também!
Somos de novo cem! Somos de novo cem!...”

E nas águas glaciais, sob as bênçãos do luar,
Vão todos submergindo, a cantar, a cantar:

“Somos cem, a morrer por Cristo!
Somos cem, a morrer por Cristo!
Mas, no Céu nós o veremos
E com os anjos cantaremos:
Vale a pena morrer por Cristo!”

Agosto de 1959

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