sábado, janeiro 29, 2011

Dois poemas de Lorena Barreto


A Menina dos Meus Olhos


Com os olhos no passado
Vejo uma jovenzinha
Tão forte
Tão frágil
Tão sem rumo
Quantas feridas...
Quantos desprezos...
Quantas...tristezas
Lágrimas
Traumas
em sua alma
dilacerada
pelos complexos
Isso tudo suportava
Quase não aguentando
Inundada era por um mar de rancor
Sempre disfarçando tudo por um belo sorrir
Mas a história da menina
mudou
Quando abriu a porta
de sua vida
Àquele conhecido pelos cravos

Com os olhos no presente
Vejo a mesma jovenzinha
Já não é mais aquela
Agora já não sozinha
Quantas alegrias...
Quantas felicidades...
Inundada pela paz
Curada pela Verdade
Quando chora
sorri
porque sabe que não está abandonada
Que as dificuldades são momentos
passam
e que suas lágrimas serão degraus para a sua felicidade
O amor divino agora a envolve
a inunda e a faz derramá-lo para aqueles que estão vazios
Para conhecerem também a Vida.
Posso resumir quem ela é...
Feliz.




Boa Doença


Estou doente...
Não me façam tomar remédios de razão
Fui contagiado pelo fazer poesia
A-A-Atchin!!!!!! Perdoe-me
por esses poéticos espirros.

Estou doente...
Não quero ser curado
prefiro arder em palavras
delirar as gramáticas
convulsionar suspiros lexicais.

Instalou-se no meu ser
Prefiro ficar doente deste eterno jogo de palavras
Tossindo novos olhares
acerca deste mundo
tão sem graça
Para ver se ele
Fica doente de poesia também.



Visite o blog da autora: http://porummundodeletras.blogspot.com/ 

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Dois poemas de Valdir Barros




Um Poema para Deus


Jeová é o teu nome,
Senhor é o teu sobrenome.


Senhor Jeová, teu nome é mais formoso do que
milhares de belas rosas num jardim.


Mesmo diante de uma imensa plantação de lindas
orquídeas e de uma rica safra de lindos lírios do
campo, teu nome é incomparável.


Teu nome é mais notável do que todas as galáxias,
e mais brilhante do que todos os raios do sol.


Teu nome está acima de tudo.

Ele é a esperança dos pecadores.

Os homens que ouviram as palavras bíblicas
ficaram maravilhados, ficaram assombrados.


Eu mesmo me maravilhei e me assombrei
com tanta graça e sabedoria.


Triunfas, oh, meu Deus!
És altíssimo e tremendo,

és Rei grande sobre o céu e sobre a terra.
Tu és a base principal dos meus
poemas, e a estrutura de todos os meus versos.

Tu és o brilho de cada palavra e a razão de cada letra.
Eu desejo que sejas a proteção desses versos;
convido-te a ser o ouvido amigo e a boca encantadora 

de cada frase expressada.


A tua boca é mais macia que a manteiga,
e tuas palavras, mais brandas que o azeite.

Que os meus poemas sejam como a oliveira verde
que  lança raízes profundas, e que honrem para sempre o teu nome.






A Terra e Deus


A terra ferida pelos homens
se vinga de todos dando flores e frutos na
estação própria.

Ela nos dá água potável em abundância
e não nos nega o oxigênio.
Faz grandes favores.

De dia, ela, com a sua vasta vegetação,

respira todo nosso gás carbônico, 
e expira todo o oxigênio possível.

A terra, mesmo ferida e agredida por nós,

dá-nos o ouro, a prata e todos os tipos de riquezas.
Não esconde dos homens os grãos,

os frutos ou a menor força das criações.

O homem, que mesmo sendo tão imperfeito,
é tão amado por ti, Senhor.

Se a terra é imperfeita perante o Senhor,
e demonstra tão grande afeto pelos homens,
o que se pode dizer de Ti? 
Que és perfeito e que criou o céu e a terra e os abençoou !


Visite o blog do autor: http://meuspoemasparadeus.blogspot.com/

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Dicas para a Declamação de Poesias


DECLAMAÇÃO DE POEMAS

A poesia é uma das mais completas formas de expressão artística.
Ela nos fala de sentimentos, de acontecimentos, de pessoas, de lugares, enfim nos fala de conhecimentos.
A declamação é a verbalização ou interpretação da poesia, ou seja: o declamador dá voz ao autor da poesia.
Ao pretender declamar, uma pessoa tem que tomar alguns cuidados, sem os quais corre o risco de cometer erros, que podem comprometer a qualidade artística de seu trabalho.

ESCOLHA DO POEMA
O primeiro cuidado que o declamador deve ter é com relação à escolha do poema. Se o mesmo estiver na 1ª pessoa do singular ou do plural, deve ser compatível com a situação do declamador: sexo e idade.

COMPREENSÃO
O declamador deve compreender perfeitamente o que está dizendo, isto é conhecer o poema, saber o que significa cada termo do poema, bem como sua correta pronúncia. Também dever entender a pontuação, para poder fazer as pausas adequadamente. É comum ver-se um declamador recitando um poema verso a verso, quebrando o sentido da frase, ou da expressão.

MEMORIZAÇÃO
Memorizar um poema, não é apenas decorar os seus termos. È recomendável que a memorização ocorra simultaneamente com a interpretação. Outro detalhe importante é a memorização gradual, ou seja, memoriza a 1ª estrofe, depois a 2ª, antecedida da 1ª, depois da terceira, antecedida da 1ª e das 2 ª e assim sucessivamente. A tentativa de memorização simultânea de todas pode ocasionar o esquecimento de parte de parte e daí não saber como continua.

POSTURA CÊNICA
Por postura cênica entende-se a gesticulação que deve acompanhar a recitação do poema. Os gestos não devem ser muitos, nem exagerados, devendo ser coerentes.

INTERPRETAÇÃO
É na interpretação que o declamador tem a oportunidade de mostra a sua arte. A interpretação deve ser comedida, porém não pode ser pobre.

IMPOSTAÇÃO DE VOZ
Impostação de voz é do que a interpretação de um poema, sob o aspecto da voz. Deve ser observado com muito cuidado o texto, para não se dramatizar passagens neutras, ou não apresentar de maneira neutra passagem dramáticas.

IDENTIFICAÇÃO DO POEMA
Necessariamente tem de ser indicados o nome de seu autor e o titulo do poema , antes de iniciar a declamação. Porém não os dizer já declamando.

AGRADECIMENTO
Alguns declamadores ao terminar sua interpretação acrescentam agradecimentos ou a expressão!”Tenho dito”. Não cabe. Para indicar que terminou sua recitação o declamador deve usar um pequeno estratagema, que pode ser diminuir o tom da voz, levantá-lo, se couber, fazer um gesto de cabeça ou de mãos.

“A poesia para mim é uma segunda pele...declamar é vida “

Nara Elizene Porto Alves - Declamadora

segunda-feira, janeiro 17, 2011

A LITERATURA PORTUGUESA E A BÍBLIA


A LITERATURA PORTUGUESA E A BÍBLIA, excelente artigo escrito pelo poeta João Tomaz Parreira, pode ser lido na página da União Evangélica Portuguesa, clicando AQUI.

quinta-feira, janeiro 13, 2011

O Credo de um Artista - Jason Harms


Um credo é um sistema de princípios ou crenças. Nas artes, há numerosos credos não escritos que seguimos querendo ou não. Não há ninguém que não siga um credo. Mas onde um credo termina no homem ou na arte e não em Deus e nas verdades de Deus, é um credo inferior. É um credo capaz apenas de satisfazer prazeres inferiores. Tais credos — tais sistemas de princípio e crença que eventualmente prezam a arte, ou a estética, ou a habilidade, ou o desempenho, ou o artista, ou qualquer outra coisa que não Deus como derradeiro prazer e objetivo dos prazeres que conhecemos na arte — são incapazes de produzir os plenos, mais satisfatórios e duradouros prazeres que se podem conhecer através da expressão artística.
A intenção do credo a seguir é agir como um guia tanto para certificarmos que temos o OBJETIVO correto em nossa expressão artística, a saber, Deus; quanto para perguntarmos a partir de qual motivo estaremos aptos para assegurar os maiores prazeres deste Objetivo, a saber, os prazeres de Deus na expressão artística. Como tudo isso é executado na middle-land é o que passamos adiante aos outros como obras de arte. Que nossa expressão seja tão genuinamente única como nós enquanto obras de Deus, e que nosso trabalho artístico seja de uma habilidade e disciplina que mais precisamente anuncie visualmente os prazeres que viemos a conhecer e o prazer em Deus.

O CREDO DE UM ARTISTA

Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém! (Romanos 11:36)
A DEUS aprouve fazer o homem, e DEUS fez o homem com capacidades criativas. À parte de DEUS, o homem não existiria , nem teria qualquer habilidade artística ou criativa. Portanto, empenhar-se em qualquer expressão artística do homem como sendo separada de DEUS, significa tanto desonrar a DEUS, o Autor do homem e da expressão artística, quanto negar a nós mesmos os plenos deleites que DEUS planejou para nosso prazer na arte; culminando em nosso NELE, através de JESUS CRISTO.
Então, com a ajuda de DEUS, e unicamente para a glória de JESUS CRISTO, ao me empenhar na arte, EU DECIDO:
I. CRESCER no conhecimento, amor, e satisfação de e em DEUS ao abraçar a emanação habilidosa e estética de DEUS do que DEUS conhece, ama e se compraz de Si mesmo. (Gênesis-Apocalipse)
II. BUSCAR olhos que vejam como DEUS me vê ao ser eu apresentado com tudo o que ele pôs em evidência naquilo que Ele criou. (Romanos 1, 1Samuel 16:7)
III. GLORIAR-me apenas em CRISTO em meu trabalho artístico uma vez que todas as coisas foram criadas através d’Ele e para Ele, e em CRISTO todas as coisas subsistem. (Colossenses 1:15-17, 1Coríntios 4:7)
IV. ENTENDER como, e reconhecer que, minha permanência diante de DEUS é exclusivamente dependente e firmada na obra de CRISTO na cruz, e não é de forma alguma alcançada por qualquer trabalho artístico ao qual me dedico. (Colossenses 1:18-23, Romanos 8, Efésios 1-2:10)
V. DEPOSITAR minha esperança por satisfação e provisão somente em DEUS através da obra de CRISTO, e nunca repousar minha esperança na arte, no público, ou em mim mesmo. (Deuteronômio 8:3, 17-20, Filipenses 4:19, Romanos 8:18, Salmo 107:9, Mateus 5:6, Salmo 40:4)
VI. BUSCAR as alegrias da obediência fiel como um escravo de CRISTO em tudo o que ele me chamou e me confiou nas artes. (Gálatas 1:10, Isaías 66:2, 1Pedro 1:22)
VII. COMPRAZER-me na arte com o intuito de me deleitar em DEUS; Aquele que deu a arte para meu deleite. (1Timóteo 6:17, Eclesiastes 2:24-25)
VIII. TRABALHAR para articular artisticamente o tipo de beleza que continuará satisfazendo mesmo depois que meu esforço na tangível representação daquela beleza tiver sido há muito consumido ou destruído. (1Timóteo 6:6-7, 1Coríntios 3:13, Tiago 5:2-3, 2Pedro 3:10-12)
IX. TRABALHAR nas artes de tal forma que acumule tanto tesouro nos céus quanto o ESPÍRITO SANTO me capacitar e minhas faculdades permitirem. (Mateus 6:19-21, Eclesiastes 11:1, 2Coríntios 9:6)
X. PROCURAR a edificação de outros através de minhas obras artísticas. (Efésios 4:29, Judas 17-23)
XI. NÃO DEITAR com os credos da esterilidade, mediocridade ou da complacência fraca visto que todos eles barganham as grandiosas alegrias para os breves e temporais. (Apocalipse 3:15-19, 1Tessalonicenses 2:2)
XII. NÃO CORROMPER-me ao estudar, com muita disciplina, a “literatura e linguagem” das artes. (Daniel 1:3-8, Salmo 101:3-4, Provérbios 21:12)
XIII. DISCIPLINAR meu corpo e minha mente a desenvolver plenamente as habilidades que DEUS me dotou, e na força que Ele dá. (Êxodo 36:1, 1Coríntios 15:10, Colossenses 1:29, Provérbios 13:18)
XIV. ESTIMAR a humildade, visto que a humildade é mais valiosa e mais bela que a obra mais agradável esteticamente pela mão do orgulho. (1Pedro 5:5, Filipenses 2:3, Provérbios 22:4, Daniel 4:37)
XV. PROCURAR os plenos prazeres que se devem ter na arte ao empenhar-me na arte através do empenho em DEUS. (Romanos 11:36, Eclesiastes 2:24-25, 1Timóteo 6:17-19, Jó 38:1-2)
Por: Jason Harms. Websitethegaiusproject.org
Tradução e Edição: Voltemos ao Evangelho.

domingo, janeiro 09, 2011

Um poema missionário de Mário Barreto França

Santa Cruz de La Sierra


“TEM DÓ, PAPAI DO CÉU!...”


Aos pioneiros de Missões Estrangeiras, e à menina Creusa,
Filha do casal Lígia e Waldomiro Mota, missionários na Bolívia.

Santa Cruz de La Sierra. O dia declinara,
Ornamentando o céu de uma beleza rara,
Pondo nos corações cansados de sofrer
Uma gota de luz e um pouco de prazer,
Pois no suave dulçor da tarde que morria
A bondade de Deus em promessas sorria...

Quando a noite desceu sobre a cidade o manto
De treva, uma notícia andou de canto a canto:
- “Vai haver pregação das doutrinas de Cristo,
Na pequenina igreja evangélica!...” – Nisto,
Um ébrio inveterado, erguendo-se do chão,
Falou: - ‘Vou acabar com essa reunião!...’

E seguiu, cambaleando, em direção ao templo...

Na casa de oração, porém, um belo exemplo
De fé, a fulgurar nas asas da inocência,
Iria arrebatar a pequena assistência,
Que via em gesto audaz de crença e confiança
A manifestação de Deus numa criança...
É que a menina Creusa - a filha do pastor –
Pedindo ao seu papai uma Bíblia e um Cantor,
Pôs-se logo a cantar, numa voz que seduz,
Um hino que exaltava o poder de Jesus:

“No hay peligro,
No hay peligro,
Pra quien tiene fé
Em mi Jesus!”

Nesse instante assomou à porta o celerado;
E, em gesto ameaçador, ficou ali, parado,
À espera do momento em que iniciaria
A cobarde agressão...
                                         Mas a doce harmonia
Dessa voz infantil foi aos poucos quebrando
O pétreo coração daquele homem nefando
Que tirou seu chapéu, tornou-se reverente,
Seu semblante mudou, sorriu humildemente,
Sentindo dentro d’alma o conforto divino
Que lhe vinha do céu no cântico dum hino...

Quando Creusa parou de cantar, disse o velho:
- “Se cantares de novo, ouvirei o evangelho,
Deixarei, sem temor, todos os vícios meus
E virei sempre aqui para adorar a Deus!...” –

Animada de amor que se comove e canta
Dentro do coração, a Creusa se agiganta
E eleva a sua voz de místicas doçuras
Aos redoirados céus das divinas alturas,
Emocionando assim toda a congregação
Que a acompanha depois nessa meiga oração:
- “Papai do céu, concede a este bêbado velho
Um novo coração para o teu Evangelho!
Tem piedade, Senhor, desse infeliz incréu
E de su’alma atroz, tem dó, Papai do céu!” – 

E um vislumbre de fé, e um roseiral de prece
Em cada olhar fulgura e em cada peito cresce,
Na congratulação dos pregoeiros da cruz
Por mais um pecador que se entrega a Jesus.

                                      *

Creusa! Tua missão é a missão dos pequenos,
Dos que vivem com Deus, dos que lutam serenos
No bendito mister de fazer caridade,
Pregando a Paz, o Amor, o Perdão e a Humildade;
Por que não fazem mal e não sabem mentir,
Pois vivem, na verdade, a cantar e a sorrir!...

Creusa! Tua missão é a missão dos remidos,
Consolando o que sofre ao peso de um labéu...
Vive, pois, a implorar por todos os perdidos:
- “Tem dó, Papai do céu! Tem dó, Papai do céu!...”

Mário Barreto França - Fevereiro de 1947

No livro O Louvor dos Humildes (Rio de Janeiro, 1953)
Via http://veredasmissionarias.blogspot.com/

quarta-feira, janeiro 05, 2011

Um poema do Pr. Samuel de Souza

.

SER PASTOR


SER PASTOR É CUIDAR, COM MUITO AMOR,
E COM DESVÊLO, CERTO DA CHAMADA,
QUE O SENHOR DEUS LHE FEZ PARA A MISSÃO,
É INCUMBÊNCIA SANTA E AGRACIADA.


O PASTOREIO DAS OVELHAS MEIGAS,
OVELHAS DE JESUS, O BOM PASTOR,
É BENÇÃO QUE O SENHOR, O NOSSO DEUS,
LHES FAZ PRESTAR A CRISTO O SEU LOUVOR.


PERDOADO POR DEUS, VOCACIONADO,
POR SEU PROPÓSITO É GRAÇA SEMPITERNA,
PARA SERVIR A CRISTO, COM PRAZER,
APASCENTA O PASTOR, A OVELHA TERNA.


DEVE O PASTOR, TAMBÉM, POIS, SER IDÔNEO
PRA PREGAR A PALAVRA E A DOUTRINA,
NADA FAZENDO POR PARCIALIDADE,
E, NO TRABALHO O MAL, NUNCA O IMPRIMA.


Fonte: http://www.vigiai.net/news.php?readmore=6770

sábado, janeiro 01, 2011

Um poema de Rosiane de Deus Bueno

.


Persuadida...

Com laços feitos de amor
Olhares de pedras preciosas
Jóias raras de brilho e fulgor
Me fazes simples e animosa

A festa de doces encantos
Com danças e refinamentos
Cessam finalmente os prantos
E veste-me de ornamentos

Ao banquete agora me sento
E quão suave é o gosto
Do mais puro sustento
Me sacias do mais fino mosto
E provo do santo acalento

Jesus teu falar é formoso
Atrai-me sutil e firmemente
Aos Teus pés então me prostro
E assim rendida finalmente
Contemplo teu lindo rosto...

Visite o blog da autora: http://sendomoldada.blogspot.com
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